sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vitrais de cores que fluem

Vitral na catedral de Gloucester (clique para ampliar)

"As janelas de Denny são inconfundíveis. Os seus vitrais, que podem ser vistos em mais de 30 igrejas e catedrais em toda a Inglaterra, vivem e fluem como nenhuns outros. Em vez de restringir as suas cores às secções definidas pelas junções de chumbo, deixa-as fluir ao longo de toda a janela o que lhe dá uma força elementar e resplandecente. Denny aplica a técnica da impressão de água-forte, com o uso de ácido, e a coloração é feita com nitrato de prata, de acordo com um esquema muito bem planeado de forma a fazer com que a cor avance e recue, o que permite tornar quase invisíveis as linhas de ruptura impostas pelas junções de chumbo. Este tipo de impressão - os vermelhos obtêm-se em algumas horas, mas os verdes, num processo emocionante mas de arrasar os nervos, podem «ficar ali sentados» durante dias - permite evidenciar «todos os matizes da cor que está a actuar no vidro». A coloração através do nitrato de prata produz uma série de tons de amarelo, que vão da prímula ao âmbar, e transforma os rosas em dourados. Mas é vasta a sua paleta de cores: espantosos azuis-ultramarinos e azuis-vinca para o seu vitral de S. Tomás em dúvida, em Gloucester; verdes de jóia para as janelas da casa Thomas Traherne, em Hereford, ou os cinzentos gelados, os rosas e os flamejantes vermelhos do pôr do sol no Mosteiro de Malvern, no Worcestershire. Não há um significado especial para as suas cores, «apenas a beleza por seu próprio direito», como ele diz".

Texto de Ann Wroe, na "Intelligen Life" do Outuno de 2010

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