domingo, 27 de fevereiro de 2011

Patriarca de Lisboa: estabilidade, intelecto e cansaço

No "Público" hoje, duas páginas sobre D. José Policarpo, que completou ontem 75 anos e pediu ao papa a resignação, como estipulam as regras. O texto é de António Marujo, que ouviu mais de duas dezenas de pessoas próximas do patriarca de Lisboa.
Ninguém poupa elogios. Alguns apontam críticas e dizem que deixou arrefecer o entusiasmo inicial. Todos reconhecem o perfil de intelectual que, desde a posse do cargo de patriarca de Lisboa, em 1998, o destaca como referência da Igreja Católica em Portugal - e do próprio país. Identificado com um estilo afável e apaziguador, de discurso fluente e civilizado, foi sempre chamado a resolver crises. Acabou por ser o patriarca da estabilidade, pragmático, mas também - notam alguns - não arriscou demasiado. E que por vezes aparenta cansaço do cargo, mesmo estando "bem de saúde".
O texto pode ser lido aqui (como é costume, em breve deixará de estar on-line). Ao longo da peça, obtém-se também uma radiografia da Igreja católica portuguesa, como neste parágrafo:
Carlos Paes [padre] tem outra questão: "Na Igreja, os últimos tempos estão marcados por um revivalismo mais preocupado com a ortodoxia do que com a paixão pela evangelização e pela criatividade." Por vezes, diz, "é difícil perceber que paixão anima os novos padres, que se deixam domesticar pelo conservadorismo." Estes problemas não existem por causa do cardeal, acrescenta. Antes, este foi vítima do "défice de toda a geração de padres que abandonou o ministério a seguir ao Concílio Vaticano II".
Ler aqui como saiu em papel.

4 comentários:

Anónimo disse...

Não gosto do Patriarca de Lisboa. Nada tem feito pela Evangelização mas tem desfeito o que muitos tentam. Em silêncio. Basta olhar a (re)distribuição dos párocos. Lisboa precisa de ar fresco.

Anónimo disse...

Quem dera a maior parte dos bispos terem metade da classe do Policarpo. Se assim fosse com todas as dioceses e mesmo nos meios de comunicação social o panorama seria espectacular. Está muito só o Patriarca. Tolentino, Carlos Azevedo, José Nuno, Clemente, José Cordeiro (de Roma) e pouco mais em termos de intervenções de categoria

Anónimo disse...

D. Carlos Azevedo, caro anónimo, tb se dispensa. Brrrr! Até o olhar mete medo. Não se dispensam Pe Tolentino, D. Manuel Clemente... Os outros não os conheço.

Anónimo disse...

Valha-nos Deus, julgar uma pessoa pelo olhar... Quem não conhece o Capelão do Hospital S. João anda muito distraído...

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