segunda-feira, 21 de abril de 2014

JOC: Jovens Organizados e Combativos


A JOC belga, no fundo, a mãe de todas as juventudes operárias católicas e do próprio movimento mais geral da Ação Católica, fundada pelo quase beato Cardijn, deixou de ser Operária e Católica. Agora, JOC quer dizer Jovens Organizados e Combativos.
“Há dois anos, os jovens jocistas decidiram iniciar um longo processo de reflexão sobre a identidade da JOC”, explica o movimento num comunicado. Foram realizados debates internos sob a forma de questionário, dirigido aos membros, e encontros com os militantes históricos. 
Visto à luz do novo nome, a combatividade torna-se o principal valor do movimento num contexto de crise. “A JOC procura organizar todos aqueles que estão revoltados e querem lutar contra todas as formas de opressão causadas especialmente pelo sistema capitalista, precisa o comunicado. Não se trata apenas de denunciar as injustiças que os jovens vivem, mas também de lutar concretamente para aboli-las”. Li aqui.

Isto provoca-me duas ou três reações (ainda não as contei, porque é tudo tão rápido que não dá tempo). A primeira seria uma peroração sobre o fim da identidade católica da Bélgica. Mas isso há muito que foi feito. A segunda, seria uma breve dissertação sobre o catolicismo enquanto religião (ou confissão) da saída da religião, à Marcel Gauchet. Mas neste momento até duvido do nome do autor e da correcção da ideia. A terceira seria uma saudação por os jovens jocistas belgas terem feito o que muitos jocistas e emeceístas (do Movimento Católico de Estudantes) portugueses no fundo querem, mas não têm coragem para tal. A quarta seria um lamento vattimista sobre a dentidade débil do catolicismo no séc. XXI. A quinta seria ver aqui um sinal dos tempos. E a sexta, seria falar dos pobres tempos que vivemos. A sétima, porque está mesmo a ser pedida, seria.

5 comentários:

Anónimo disse...

...estes jovens estão a acordar, ou melhor, já acordaram. Acordaram para a realidade e para a VIDA. Estão a ver a Igreja Católica como ela deve ser vista. Parabéns!

Anónimo disse...

qd a combatividade se tornar o principal valor não só deste infeliz grupo ' catolico' mas do mundo inteiro isso seria o seu fim. Não acredito nisso. O anónimo, atrás rejubila e isso cheira-me a enxofre. Joao césar das Neves -um autor pouco amado por aqui por claro preconceito - fez um interessante conto sobre a Páscoa q por acaso fala sobre o pecado contra o Espirito e o valor e a força da amizade para vencer o mal, e assisto a uns jovenzimhos ignorantes e orgulhosos a desvirtuar movimentos católicos com tiradas ideológicas e políticas ......sinais dos tempos ...dear todos os tempos
Jaime

Anónimo disse...

Por acaso, combatividade é coisa que não há entre e a partir de gente que se diz cristã. Percebe-se por isso, a indignação. Percebe-se a indignação do autor deste blogue, percebe-se a indignação dos "cristãos coerentes", que até nem nos escondemos por detrás do anonimato porque as nossas palavras são sempre de bênção.
Shame on us!

Anónimo disse...

Pois… tudo muy cristão e sem ruídos! O que importa é manter todos esses jovens bem pacificados e anestesiados pela rotina cristã vivida e compartilhada nesses “clubes” cristãos chamados eufemísticamente de movimentos! Enquanto essas ovelhinhas se contentarem com o “pasto” circunscrito pelas regras desenhadas pelo(s) guru(s) do clube e não se atreverem a sonhar sequer em saltar as cercas desses espaços derrubando-as e abrindo por si próprios novos trilhos espirituais sem que para isso necessitem de andar baixo a tutela do cajado do(s) pastore(s)! Não é de admirar os medos e as alergias crónicas que têm esses pastores das ovelhas que não seguem a rotina imposta nesses rebanhos apelidados de “movimentos”!

Anónimo disse...

Realmente a /debilidade da Igreja/ tem muito a ver com essa questão da combatividade! Certos comportamentos dessas massas anestesiadas e bem comportadas como se desejam esses “movimentos” a trazerem-me facilmente à memória aqueles comportamentos nos combates dos ingleses com os colonos americanos! Quando se enfrentavam faziam-no sempre em massa e bem alinhados/juntinhos/disciplinados marchando como que anestesiados numa espécie de (tudo ao molho e fé em Deus)…aquilo era mortandade certeira quando caia um obus entre eles ou o outro lado disparava as escopetas! Realmente não encontro melhor exemplo para perceber as realidades actuais desses movimentos cristãos e as fraquezas e “derrotas” que vão acontecendo no mundo cristão!

Só há doze bispos no mundo. São todos homens e judeus

No início de novembro este meu texto foi publicado na Ecclesia. Do meu ponto de vista, esta é a questão mais importante que a Igreja tem de ...